27 de fev. de 2011

hipotética do caos.

era como se eu estivesse contra o luz e, entre nós, campos enormes de girassóis. veria da sombra, as pontas iluminadas das pétalas voltadas para luz. escreveria falsos palíndromos que, diante do espelho, deflagrariam um adeus quando eu fosse o teu mesmo pólo no abraço de boas vindas. faria uma exótica dança mística de braços e pernas chamando tempestades orientais no seu descampado cristão. a enxurrada que viria da terra e o meu guarda-chuva mais normal que não te caberia enquanto ofereceria a pele enxuta: rastro de rosto que ainda não chorou. dou com a maior segurança, meu bem, a hesitação de tudo que se aproxima de mim com tudo que não pode ficar e permaneceria a eternidade que uma bruta flor respira - respingando suores para aquele que não tem tanta sede assim.

eu te diria ainda da lógica do universo que se quebrou nas lentes dos meus óculos acrescentando que era uma flor só.