23 de set. de 2013

Nas minhas palavras você sempre fica um dia a mais

e sempre temos o tempo o bastante para arquitetarmos a dinâmica do equilíbrio daquela história no plural balanceando o contrapeso do que te chama de volta: esqueceu de fechar aquela porta ao lado e quando me canso de te distrair, o sussurro dos carros te colocam pra fora do alcance do meu chamado te oferecendo meus braços soltos em meio a tanto ar por onde se propaga o seu novo nome dito de um modo particular: te digo o seus passos até a sombra de casa, canções ditas no seu ouvido quieto ao gosto exato do seu café familiar. Mas confundi a tonalidade da sua permanência, embaralhei os motivos para que ficasse um pouco mais e desordenei os segundos do teus silêncios e os olhos que percorrem maçanetas: 
As chaves que te dei, perceba, abrem todas a mesma porta de qualquer casa que quisesse entrar. 
Só esqueci se lembramos de acertar datas, detalhes, horários e a rota do seu retorno e se guardei bem a prata da casa antes de você acordar sorrateira da ressaca do meu toque.