8 de ago. de 2012

Sobre alguma tarde.

Ao Lucas Schiavo

teu gosto azedo adocicado das tardes de domingo, naquele bar em que homens gritavam como cães sabe-se pra quê ou  pra quem, é disso que estou falando quando um forte trago de cigarro cobre a cerveja que ainda não desceu. lembro dos seus olhos verdes e teu sorriso tão branco que poderia se atrever aos ventos mornos de tardes tão lentas. Disse que sentia falta da minha voz que narrava qualquer história, ora meu bem, estou falando o tempo todo pra você, te olhando assim tão de longe e tão bonito que deve estar. Isso não interessa muita gente, mas sei das letras das suas palavras e do som certo do seu sorriso. é disso tudo que eu me lembro, desde aquela noite que nos abraçamos chorando prometendo que não demoraria muito tempo até outras sessões esfumaçadas de verdades atemporais. antes de ir gostaria ainda de dizer que o verde que decifrei dentre tantas associações possíveis, era do parque municipal que está no centro da minha cidade, aquela que nenhum mapa aponta, mas que sei cada longitude e latitude desses passos que não param de te buscar. sinto a tua falta, tanta. foi impossível não dizer isso no meio que qualquer contexto: é como se num no intervalo de uma comédia alguém gritasse da plateia: sinto sua falta, tanta. do meio da cabine do metrô, após o anúncio da próxima estação, o grito soasse com os trilhos: sinto sua falta, tanta. 
hoje poucos acreditam nesse toque, mas grito por aí que o senti, sim, eu o senti! e repito que o que sinto agora é de você inteiro, começando por pequenos gestos: o teu chinelo arrastando preguiçoso pelas ruas, as bermudas sempre rasgadas nas bordas revelando os joelhos ossudos, o corpo esguio que girava nas danças e os cabelos que se comparariam aos meus, dando-nos alguma semelhança desnecessária. De você não guardei uma foto sequer, necessidade tola de quem te vê todos os dias ao abrir os olhos.

18 de mai. de 2012

monotemática

Onde eu me faço só Deus irá dizer. Onde eu me deixo: nas notícias de todos que não recebo mais, no esquecimento de uma tarde no que nunca disse naquele resto de hora em que estávamos ali. Hoje sou uma câmera de imagens que giram feito um caleidoscópio, diálogos recortados e remonto nas noites insones. Sou o pânico das manhãs nubladas, sou o que me deixo por aí e hoje não me olho tanto de frente. 
Haverá dias que passaram tão rápidos, o eco dos tempos e sempre a mesma sensação que estou um pouco além do que deveria ser presenciado. Sou o capítulo que ninguém leu ainda, o rascunho de um presente que poucos se interessariam em ler, estou certa. Só não sei onde que foram parar os olhares que repriso nos intervalos das horas, as promessas que me fiz num dia qualquer, toda insolitude do que julgava por certo e que nunca veio, pelo menos não por agora e sempre. 

Faz tempo que não ouço o som de determinados nomes, aquele som que se achava no bater certos dos ouvidos. Os filmes inacabados, os poucos objetos que me retém, as pontas dos dedos que tocam tão pouco a superfície do inerte presente. Já sei tão pouco do que sabia.

Qual é a tua cor favorita? É que não sei mais como perguntar e se questionarem do que tenho vivido, completo que de ar; Respiro e espero o próximo compasso dos tempos. Agora já não é mais o que era pra ser, mas do dourado se tiram o ouro, não o contrário, suspendo na mão os reflexos do que insiste em me acompanhar. E é para que seja o mínimo mais profundo do que resto de tudo e, neste exato momento, se me perguntarem da palavra "liberdade" apenas olharei muda para os meus sapatos no canto do cômodo, guardados displicentemente como quem se cansa um pouco de andar, como quem vai ao todo torto e contrário das regras de otimismo e não se sente tão amargurado dos revezes de algum tempo. O que me falta, o que me incompleta, o que me nega eu sei na palavra muda, o que não se altera eu sei na forma afetada do calendário que me repete por mais somatórias ilógicas.

Aqui estou novamente te dizendo que faz tempo que não ouço determinadas canções, mas que as canto todo santo dia, assobiando pelos cantos dos lábios qualquer gota da lembrança que me tragam espaços temporais mais fortuitos. A um passo atrás me lembro tão bem de determinadas expressões. Danço meu olhar aquém para trazer movimentos sincronizados, a certeza rígida de que tocarei as notas certas de cada articulação da minha voz para dar outra vez o velho chamado e apagar as contorções rígidas do acaso que me coloca tão longe de qualquer lugar. Apenas por agora e depois eu mudo de assunto.


14 de mai. de 2012

Dry Morning

O resquício de álcool que deve emanar pelas dobras da pele. Manhã fria, cheiro de café e alguma coisa que deve ter ficado pra trás. Sente o ar seco entrar pelas vias castigadas e olha pra fora num dia que ainda se pretende começar. Um calafrio e tudo se perde mais uma vez. Nunca foi dado à lamentos, mas lamenta sabe-se lá o quê nessa altura que a noite não encobre mais o transpôr de lençóis. Não se lembra em qual ponto deve ter parado, quando não soube mais onde é que estava realmente. Pensa que a vida há de ser assim como um caminho displicente que se anda sem olhar muito pra frente, se lembra da frase de Cacaso que dizia que felicidade era memória ou projeto. 
A sala ainda escura, o que se esperar dentre conclusões insones. Mais uma carta que manda, mais palavras, mais à vida narrada.

Hoje não se diz muito sobre o que se passou. Não sabe mesurar o que se perde além do peso do próprio corpo, mas ele sabe que se lembra das coisas e de tudo que ainda não consegue deixar. Deixe, meu filho, que do tanto que viu, ainda há muita coisa que nem sequer pode vislumbrar, afora os carros lá fora e esse frio que sente. A música que escuta já não é mais em melodias e sim em acordes distintos e ouve a cacofonia desafinada. Lê numa correspondência qualquer um endereço que já desconhece. Pergunta-se onde vai chegar, mas o som não sai quando olha assim demais aquém das paredes que já não significam muita coisa. E quando foi que tudo perdeu essa linearidade de sentidos? Qualquer coisa diz algo, pensa, e se vai pelo dia que apenas começou e não se pensa mais em flores.

13 de mai. de 2012

cena de bar

se ousasse dizer o que quer que diga: pediria pra ficar
como se diz pra eles que a permanência tem sido a pauta dos dias afônicos. como se diz que se quer ficar mas que essa estância ainda é oca, de quando surge quatro espaços pelos cantos

do que se fala? não pode ser só do tédio dos tempos, há de se haver os goles
tardes, vozes distantes que se agarre no intervalo da sua garganta

hoje qualquer um diz que não é feliz, como se fosse possível conservar o átimo de tempo em que se pode reter essa consciência.
hoje eu não digo muito das curvas que me perdi, mas gosto de ouvir sobre o caminho que evitei numa data qualquer, o dia que não me lembro, mas que ainda posso sonhar a respeito.

a máquina, o mundo, tudo vem dos canos dessa cidade e se perdem, todos eles, disse quase todos eles, pelos compromissos incertos.

te ofereço uma balada de blues, o tilintar de Ana, conversas soltas à la carte
eu fico por onde qualquer comentário se faz, e completo: nem tanto assim, mas. ande e continue,

presa às intervenções inesperadas,
uma virada de jazz
uma emoção de fim de tarde
o intervalo dos carros
um detalhe de Hopper, a mancha da sua camisa que confundi com a luz dos cachos presos à ideias, quase todas elas, aleatórias

Mais do que ficar, peço que se vá por aí de mãos atadas a você mesmo e volte para me dizer qual o teu paladar certo e repita o teu gosto íntimo.

eu ouço.


10 de mai. de 2012

O Canto de Varandas

a cidade esconde dentre montes  
de sons e sonidos
a delicadeza de Sônia
que canta da varanda
como quem não é
e some, Sônia seus zumbidos
do peito que cantarola
do cheiro de lençóis limpos
um mero cantar
no entremeios
de motos e caminhões

que som tiver
foi o som que ninguém
afora seus tecidos
puderam seguir
feito ciranda despoluída
de quem passou
e ouviu:


lalariralá






9 de mai. de 2012

American Movies

the stop lights are turning red
as I need my meds to see
anything green

again people around oblivion
and what else brings me here
although those sounds wich I blink
strongly and tighty with a little little eyes

they keep running

e agora eu espero pela luz amerela
que não vê que bem não vê
eu disse que se falasse assim
eu pediria mais uma xícara de café para que dissesse que sim
finalmente que sim, de todas absolutas negativas
mais um shot para me fazer



And then, once again
I told how to keep awake
after so many minutes
and I see, I always see

o que tem feito por aqui?

We're still the same
standing at the stop lines
what else, my friends?

corta para outra cena,
comenta e vai

the screen has the size of our dreams.

7 de mai. de 2012

Resoluções temporais


ser solta que se solta da densidão. e ela me diz que algo pode ser como o tempo como sempre tem sido, lista de compras, relações de canais por ordem alfabética, lírios ao canto da garagem e um pouco de tempo. tudo se resolve, tudo tem sido assim por cada coletivo que pego, uma folha que se solta do galho que balança a árvore o som das folhagens e memórias. Eu queria dizer que me lembro de tudo, absolutamente tudo e que de todo esses sons diversos que tenho prendido na minha garganta era riso preso com grito em suas mais tênues variantes. Dessa vez as coisas irão ser diferentes, ela me disse com seu pragmatismo mágico:




Mais uma lista que insista na rotina do que pode dar sorte e penso que pode realmente
dar mais certo do que errado, somente essa vez que não sei por onde posso andar

Lembro-me, eu disse que lembro-me, e que não me atrevo a ser quem sou sem antes lembrar de cada inicial dos nomes que levo e vejo nos letreiros dos coletivos tão azuis,

Um pânico qualquer e eu não me esqueço do que vem a seguir.

A contas a serem pagas, menos um drama
tudo que não me chama
tudo que não pode ser jogado  pra debaixo da cama

L. de longe na Europa me mandou lembranças, L. do outro Estado me mostrou uma vida além de qualquer coisa. Qual som dessa cidade? Qual a uníssona melodia que me traga a Letra M, que fique e se desfaça num átimo das reverberações de um piano de canto

Esqueço que um dia falei de pássaros e do norte eles voaram para cá,

Mas por favor não se esqueça que o que não aconteceu ainda não veio por agora
Não se perturbe  com a pressa da eleita vida que nos veio há trinta segundos e duas canções

Mais um drama que não vai render
Mas saberíamos que é sempre estar de pé pelas manhãs
e das vidas que ainda não vivemos, por hoje, por agora

e lembre-se do que ainda não veio e que virá por de repente, nesse átimo de agora.

6 de mai. de 2012

Dispositivos Móveis

twito o compartilhamento do at ciclano
via facebook pela página de mário fulano
que foi aquele que não tomou as pérolas
de outra página;o vinho, o café, as promoções da tim
quatro assuntos acima da banda C
de ninguém que me viu passar apressada
pela Sé, Pinheiros e 40 lances de escada rolante

enquanto @jukaiko pelo quem quer citado
se junta as fotos da cleopatra nua.
Espero o elevador chegar e aperto
qualquer botão que me leve pra casa
dispositivos imóveis pelo rádio
e eu parada dando impulsos pela marginal
a quem imaginem o nado dos fones siliconados
insuflados de mais cinco estações
que passei; 
um amor terrível que deixemos no morumbi; à ponta do ponto dos coletivos, mais 57 caracteres para dizer da falta do que se diz, hoje à tarde eu não acordei tão cedo, tão feito, tão completo.Respondi em compartilhamento para Zeca, que curte qualquer coisa que faça sentido.

Santo Amaro não é tão longe de qualquer lugar, em uma hora passasse uma cidade inteira por tudo que se passa nos trilhos. Mas uma cidade reconstruída, mas uma vez é alguém que não veio junto, mas me deixei, para a próxima foto enviada instantaneamente via foursquare, no momento que já me deslocava para a outra plataforma. O trem passou interferindo no Nextel banda B de Marcos Zwlailosjhe, mais um contrato adiado, enquanto eu e todos só querem chegar a qualquer lugar. Simplificando qualquer fibra que não estala na movimentação do modernismo que não conheço.

Quando a mim, dizem através de 63 câmeras, que andei a passeio pela cidade

5 de mai. de 2012

ruas tuas


quantas calçadas seriam necessárias contar para
assim, em passos e conversas se conhece e se deixa
estar, estar por estar, presente em cada ladrilho cada
um que se diz por novas vidas e novos dias dará
na próxima avenida, para no recomeço de rua
da ponta dos dedos já se saber o numa
próxima e inesperada palavra se diga
gargalhada solta,

solta-se da vida para ver outras vias
outros caminhos que se permitem
invadir apartamentos e os segredos
mais óbvios de que é e pode ser bom deixar
todos serem o que são



mas e o toque deixa para hoje
que se permitam abraços e rodopios
na avenida mais importante daquele outra
direção que me tomou pelas pontas dos dedos
e não me para trás

dá-me um pouco mais das sarjetas carnavalescas
dá-me um pouco mais disso que eu não quero e nem atrevo a desviar
e convergir para fora de mim

dá-me agora o que começamos a ser
e do meu corpo quieto o são
da minha cabeça
que não me atiro
na contramão.

3 de mai. de 2012

cordão de mar



com  quantos braços se abraça o mar
com quantos peixes se faz um cardume
para envolver e remover das areias
e conchas que te faço no gesto do som do teu nome

que eu adoro sem soar a velho sol
de amar mais assim
hoje te trago miçangas para oferendar
a quem não preciso tocar nem sentir
ao saber da cor certa do seu sorriso e mostro

como  quis se fazer da sua cor
a suas marcas
que não é preciso velejar
nas curvas claras do sincronia das ondas
que hoje te repentem

Deixo à beira mar
o que sei do seu nome e da sua cores
infindáveis
sashi.

2 de mai. de 2012

Dos dedos

Para  Débora
De quantos acasos
seus dedos me dizem
que não que sim que deu
que sabe que descobriu
que não sabe mais de mim

São três dias que contas com as mãos
semi-abertas para um aceno
diz que sim como quem diz que não

mais um café, mais um acaso
do caso que me conta
pela ponta
dos seus diminutos
pois,


Móveis intermitentes

em  toda casa há um quê de saída
e ele te pergunta porque se separa da vida,
como quem bate, e se separa de tudo

e ele se lembra de tudo, da mãe à beira do limiar das paredes trancadas
e ele se lembra dele,
da casa que não pôde voltar

porque sabe que voltar é ir de volta avante ao mesmo lugar



é chamar
e ela ali, à beira da tábua de passar
ele passa, ela passa

a casa contínua com os mesmos ruídos e odores

ele já não volta mais para as paredes maiores que as palmas de suas mãos quando metida à tijolos
se eram vão o esquecer do crescimento de todos os ossos.

ele já se estica, como que abraçasse aquele recinto de mesmos tempos que em seu
estômago deixara.

casa é o que fica nele. e ficou para trás.


30 de abr. de 2012

à moda de nós

três expectativas no copo, dois cubos
suas explicações à la mode
suas asas de mariposa contra o vento sul
e a mim borboletas na transversal

dois assuntos, três medidas de petits rêves
o que exergas além da opinião esfumaçada

Faça arcos com os seus sonhos
e  brinque de coisa qualquer
aqui nunca é carnaval

Mais uma vez os bêbados estão certos
Mais uma vez o tédio desemborca os saltos
Mais uma vez uma língua estrangeira no nó

Da garganta que  disfarce o desespero
quem nunca soube o que dizer
superman desconhecido
Incha os pulmões e fique quieto

Trincheira confortável de silêncio
Não dizemos nada, pague as contas
encerre o assunto e vamo-nos
aos tropeços, aos despeços.

29 de abr. de 2012

Reminding P,

todos os meios que se chega a alguém viam-me por tubos
não sei se como posso ser até o fim de
tudo ao que não alcança

do outro lado quem me espreita e circunda a imagem perdida por hoje
eu não posso e nem quero me prender a vista que não me olha,

molha pela chuva da capital da América Latina se devo ficar ou se devo ir?

respira-me o anonimato de andar e fazer de qualquer bobagem o meu lema que teima em dizer adeus no fim do metrô consolação.

Quem, me diga quem não se despediu de alguma expectativa diminuta, quem nunca sentiu o hálito ruim do metro e saber que ainda se tem alguma casa e que ali se fica.

Casa é o que não se prende aos sapatos, casa é o que se bate com força sem vontade de voltar mas se volta, com três reais nos bolsos e a sensação que deveria ter ficado. Mas enfrentar as ruas não é pra qualquer um, e qualquer um está à espreita.

Quantas orações à Marcelo preciso dar para fazer isso tudo mais uma vez, pois já estive aqui e mais uma vez estou no cartaz, naquela folha descacada dos outdoors e ácido alumínio por debaixo do retângulo de oportunidades imperdíveis;

Imperdível é Lucas, imperdível é o seu toque e sua barba por dentre seu sorriso e o não acreditar quando digo que estou voltando, dessa vez para mim.

É só mais um tempo
é só mais esse tempo e nos vemos
é só qualquer lugar e nos tocamos
é só mais eu e você e vemos
é só mais isso

três tempos de prosa, 
e voltamos pra casa

dessa vez cada um para sua que também é minha.

27 de abr. de 2012

cup coffee

Como não pensar numa caneca de café, melada de digitais num dia frio e não pensar na vida e Devendra que toca. Os sons metálicos da obra ao lado em São Paulo e aquele azul de Belo Horizonte, pela vista que não me canso de dizer e fazer mais referência às cores da mais pura criação. Lá onde eu morava tudo era perto e íngreme, como desafio natural de diz: se quiser chegar chega, sô.
Só não me chego à asfaltos e a curva que não me leva a todos eles, dizem que são 500 Km, diria 5 palmos de cada dedo de cada mão. Como, meus caros, deixar aquela cidade sem despontar nas unhas a falha incômoda de quem poderia ter ficado, mas voltou bravamente.


Não quero a cidade do futuro, eu quero a cidade presente, aquela que me reconhece, aquela que não deixo na boca de moíses que me grita das ruas planejadas.

Falo da cidade do futuro: Falo daqui, falo de sonsos sonhos, falo de sentidos. Se Brás Cubas venceu o mar e suas amarguras, posso nas cores deformadas de São Paulo aguentar mais um dígito de celular.

A gente guarda de cabeça e as coisas ficam, permanecem

Em São Paulo o dinamismo se vence por casas fechadas. Em atmosferas próprias, no quê da sublime cortina que enquadra a cena de mulheres sozinhas e homens solitários, corta para a outra notícia:

Outro dia a gente se vê, sai de são paulo e vai pro exterior 

Bruxismo

pela biologia a memória deve vir da nuca, 
memória vem que nunca pode tocar
disse mais uma vez a ele: rede e sorrisos

Sim, ele sabe que partíamos de quartos fechados
como jamais poderíamos supor
que a felicidade fosse algo tão estático
como ríamos ao imaginar Dalsim rodopiando na cama

que partilháva-mos, mas a memória pode ser daquela
que não existe
que coopera com que se inventa

cria-se teu sorriso oriçado nos pelos do meu braço
pois o que realmente queríamos era correr por jardins
saltar nas costas dos outros e sair feito besta

besteira que nunca poderíamos supor
nesse sonho, como eu cosesse sonhos
por botões de vontades um outro sonho
de te ver outra vez


26 de abr. de 2012

como se chama

a chuva que um dia há de vir e molhar o que tento e disso que tanto diz?

lê-me assim, como quem se fuma o último cigarro e não consegue mais enxergar a dimensão
da marca de marqueteiro

tudo o que vemos é um ar meio afetado da cinza de Janaína
que na cidade mais cosmopolita ousou acender ao lado de Luiz
o seu cigarro de diabo: diziam que iria ver meninas pela rua
aquela das puras expulsas

tranquilamente ela queria andar hashed com a atmosfera que não se fez sentido
o mesmo drama, mas a se pensar no íncomodo de misturas de expectativas
fez o que qualquer diva faria
tragou o seu cigarro Souza Cruz e de uma maneira bem sucinta
pegou os fones: o biquini, o rio, o sol, a areia da Clara

Chama agora tambores fantásticos, deixa;




Que qualquer um fale-a, mas Luiz nem sabia da menina, que não sabia de Bárbara, que não sabia de Carlos, pelo submundo de Al Berto que numa Jaula de Neon sempre diz:

"aqui está a paixão de quem atravessa a noite
do mundo... espiando o deserto da cidade
numa carruagem de metropolitano... sabes
perdi o rastro do pai e da mãe durmo onde calha
mas isso não vemos na fotografia"

E ainda Janaína se esquece de acertar o buraco de lobo, como louca andando pela capital paulista. Esse é o novo modo de não se encontrar ninguém, mas para sua surpresa: Luiz desce pela consolação e hoje seu expediente.

Basta! Deixe Janaína virar pela Bela Cintra, deixemo-a assim, a encontrar Maria Eduarda que com alegria disse: Snooker! Ela acertou três bolas e não pensou nas suas palavras. Ela está ali agora e Luiz chegou em casa com cheiro de rosas.

Pela Paulista alguns amigos ainda se encontram e todos vivem 


Como posso deixá-los?

Claudia está no Morumbi repetindo fórmulas de bailarina.

Payol

Mais uma vez a letra L começa
a me dizer que posso voltar a me sentir
o que tropeça naquilo
que chamamos tão unicamente de saudade

palavra difícil que preciso ouvir
o piano mais uma vez atravessa
a rua que quiser e se queria
mais uma risada dele que adverssa

Errada sou eu como quem desculpa
a falta que não me dá uma única





esse é o nosso horizonte, meu amor.

Delicate gray morning

Se me perguntassem a primeira coisa que eu penso ao acordar, talvez eu diria sobre qualquer
coisa, café, pão escovar os dentes, cumprimentar as pessoas da minha casa
Do dia que se segue nada pode acabar
com as possibilidades das horas, com o café do estado nacional
que é bem melhor ser lido nas manhãs que ao menos
me prometem uma luz difusa que não poderia ser vista no movimento do
dia interior.



Cada data é cada canção. Então eu me levando finalmente para essa nova possibilidade, pois já não sei mais o que dizer além: bom dia.

25 de abr. de 2012

Grandes Primaveras

Assim como o looping da montona glacial, Alessandra espera por mais um dia que lhe diria para continuar olhando para baixo como se qualquer drama não fosse o suficiente. Armando entrou pela contramão na consolação e parou alguns carros, seu momento de glória comentado infinitamente na mesa do bar e, acredito, que para o aborrecimento de Silvia que descia da Dr. Arnaldo e sentiu como de leve o deslize de Armando, também terá o que dizer durante o almoço com Alessandra que juntava os grãos para o centro da mesa:

"Essa é a nova dieta paulistana. Deixe de fumar e deixe de comer"
Enquanto isso, Ricardo pagou as contas em seu VR e conseguiu comprar as balas mais doces do balcão.

24 de abr. de 2012

uma dieta de fim de tarde

Para Sashi


porque a fonética deixa
como se deixa
uma onda que se soa
como um nome
que se come do mar
sashi não é como
aquela que não se sabe
onde estar onde comer onde fazer
a fonologia sensual das línguas que se falam
e se aceitam
como fazer o que se quer fazer
debaixo de árvore de
peixes
sashimi 
shame palatal
ciúmes de quem ver o bater das ondas
e se deixa, se deixe, se deixem
no mar.

Blue Horizon

só quem desce e sobe as ruas tão bem arquitetadas da contorno sabe que entre o espírito santo e a Augusto de Lima encontra-se o caminho CDA, para quem não sabe foi esse mesmo que lamentou o fechamento do cinema num domingo lutolento e levou a tal da




muié pra dar um rolê pela serra do curral, praça do papa de onde se vê o quanto o horizonte é possível.

De se respirar

é, eu entendo que deve ser difícil o santo processo de estar em qualquer lugar como se queira que algo que não se tem. sim, eu entendo que a noite é mais fria que o dia
eu entendo que as novas promessas podem
quem sabe trazer
o que outrora era tão evidente
mas os raios das sete cores uma mais clara que outra
podem trazer a mais clara das evidências

no canto suzana puxa o cinzeiro para um lado
e erra a cinza que cai no chão
"era melhor estar em casa" foi o que ela pensou

aos que se atrevem a acreditar num outro dia, que é ainda mais bonito que esse até digamos, às 15hrs, posso garantir que algo inusitado vai acontecer.

O ônibus de greve, mas penso que não é possível ser tão otimista assim tendo dois olhos
no meio do desespero da rua, mais um dia, mais um, somente mais um.

23 de abr. de 2012

Semana

é busão na contramão, é verdureiro vendendo mamão
mas o que se segue ao sonho de descaso
do final de semana, então

é que o próximo venha diga verão
para que no inverno o acaso
projete o que no final
todos serão.

Frio.

22 de abr. de 2012

Green Orchid



é só um minuto de concentração 
e podemos nadar por qualquer corpo 
que se faz assim:
 primeiro o programa e depois o choque virtual,
qualquer dilema pra aquietar o seus periódicos humanos, 
faço poesia como quem quer consumir toda vontade de te dizer, 
bom dia 
todos os dias. 

Eduardo,

Diriam-me com quantas baterias ensurdeceriam o coração que naquela tarde aflito me enviou uma carta que me dizia sobre sonhos de borboletas, ou seriam mariposas? Das teias frágeis, extremamente leves que se cruza entre um pensamento alheio e aquela senhora Antônia que passou ao lado do sebo e ela pensava certamente nas feiras, de segunda à sexta, enquanto na sua casa se atendia o telefone como num cemitério onde as pessoas, essa do seu lado, já estão a morrer do próprio vício de precisar se sentir bem, como insuflar ar fosse ruim, não é?


21 de abr. de 2012

poesia meu filho é que qualquer um quer calar, é o que dizem por aí que não entendem. Mas hoje me tirem desse apartamento sem um riso que me acabo até a última nota desse requinte de intimidade, Eu não quero ser mais nada do que já sou e me dou em qualquer espaço, em qualquer mídia, mas tenho nome e sobrenome e todos sabem quem são: Vão, vão buscar e só acharão o que pensam ser verdade. Estou ocupada pensando e me liguém depois da penúltima canção.

do que é meu e não nego: Nomes





e seja o que qualquer inferno
esqueça em qualquer copo
e seja o que é
o que não me encontra nunca
por opção ou pela
falta de coragem
que quem não tem a tu
tatoo de cadeeiro
a la quem quero dizer
venha me buscar
porque a noite faz frio
como se o gélido sopro
fosse teu desprezo
me negue agora
que eu te deixo
e te aquieto;

kamicase,


sol é para quem nunca chegou a fitá-lo

com quem diz para ficar num 
retrato que não se pode fazer para pará-lo, 
nem o silêncio diria que calor é mais impossível
seja lá do seu centro como reticências:

"deixe-me brincar na minha língua"

mas continuo a cada nota que me ofende, ofenderia aos meus amigos o silêncio de que não pode parar. Olho para fim do feriado que não sei qual o próximo aprendiz para dizer:

"Alguns gostam de poesia e outros não e não dou a mínima importância a quem não me escuta, mas ainda preciso disso para respirar em qualquer idioma, Carlito"

Volto a respirar e o café agora está morno. Todos me conhecem, mas o que eu ainda preciso é matéria humana, sorriso escuro de Monalisa, sorriso indito de quem nunca foi a paris. Mas por aqui ainda posso controlar o canto da página. Virem-me. 


splash

como quem não quer pular no caldo da nudez, digo à Elisa, mais um vez que tudo vai ficar bem pois já fiz um desfile num caldo de cafetina, prisão de sluts, prisão da minha boca que não consegue se calar. E para todas elas, digo-as que as amo, cash tem batido entre os dentes que não sinto mais. O sino está na boca para se calar e se calar: não pare não pare não pare não pare, pois as virilidades se calam diante do seu show que estou ligada. Ele que me puxava pelo braço para que dissessem: "nossa, how beautiful she is". Ela não é um nada agora na minha memória. Maior sou eu que posso bater. Sem parar agora. I it will never stop#

Com duas mãos

Enquanto espero meus amigos chegarem por qualquer encontro casual, aqueles chapeu que se passa depois que tirávamos conclusões naquele bar que não me disseste, Lucas, porque as pessoa são tão bonitas sendo o que é; Foi a booca queimada? Qual o problema de se ficar para falar um pouco mais e eu te ligando para dizer que precisava preencher qualquer outra coisa no plural, mas enquanto o telefone estava mudo e tentava para provar que não era necessário ser qualquer um.  Congelada sempre perando a imagens que não posso nem quero esquecer. 
" Eu volto assim com você sempre parada no mesmo lugar sendo incomodada pelos mesmos problemas, mas sim eu entendo que preciso de você pois há tanto que quis te dizer."


Mais uma vez eu olho para trás e não vejo mais o mar da cor dos seus olhos verdes.

20 de abr. de 2012

Doenças domésticas

Dan bebia original enquanto tigo me falava do show que não vou assistir e se assistisse não poderia sambar quando o uivo da plateia que se deleita quieta nas cadeiras cativas, há que diz que tem cambistas, todavia pra quem conhece qualquer Roberto, esse som me desce bem como meds de qualquer um que não pode. Depois desci no ônibus, busão de quem não tem meios de conduzir sua própria edição, e tudo se dá assim, como num edifícil JK, tão fácil quanto contar o que se pode sem perder o que há no final desse comentário. Inútil é perder o toque humano, inútil é ser o que não é por detrás de câmeras. E ele já dizia bem.

La niña cereja,


Enquanto ela, digo Nina, in vino verás que a verdade é como extirpar a uva do que se cala e não se pode em hipótese alguma verter do que seca, o silêncio dos mortos, uivos de Howl desses anos em que não acreditamos em políticas; Há meu filho, um quê de homenagem na vertigem dos vivos. Riria ao contar nos dedos quanto do álcool se verteu para me trazer o mínimo e diminuta página de que se precisas de aforismos de Oscar Wilde. Mais um acorde e contínuo até que Jeff se afogue pela décima terceira vez do número mais perfeito. O do piano.

Homenagem à AnaC.


Enquando houver

para ser o que o que me dizia ser, libertação do corpo, libertação do espírito espúrio que te expulsou, diria Maiakovski

"Talvez com zanga"

o corpo trêmula se recusaria a acertar na testa o gatilho, que me ameaça em #G. Mas enquanto todos gritarem pedindo por mais, balísticamente terei de acertar no peito mais um pênalti do café que me dizia: GOAL:



  1. I now i don't say anything. and now the world ends up upon a cannonbal Muchaüssen the capital;
  2. Be friends;
Let's fight once more obvious:

Continuando na minha língua trêmula, eu não preciso dessa merda mais hashed.



19 de abr. de 2012

Hollow,

tão raro com um nome que você não 
esquece na esquina e não minha
mão, 
um telefone quase marcado
a letra M e fecho quase
como letra H de punho
e se por ventura tiveres 
o puro ashe, di-me agora
entre sinos, que será amiga
sê-la e sela com um sorriso assim
para mim. 

Método distilante de limpeza interna:

ao amanhecer conferir se os dentes estão escovados para que o bafo de café não interfira nos comentários dos sonhos: "Sonhei com a minha pátria." Tinha nossa presidenta escrita assim mesmo a A, tinha a cruzadinha de mamãe e a estupidez que ainda consome o que fora feito para produzir entreterimento aos erros dos quase veteranos ao silêncio. Venham agora e imitam a receita de bolo di Millôr, ô mino, sua carta e faça o favor de Rojas para fora, suaviza o que era pra ser her-médico, chamo por codinome fábio que pertence ao velhos brancos que sabemos que receita se faz com cpf sujo, mas mamãe me dizia que visitara você sem revisão de futuro. Venda ao grupo e teremos churrasco às novelas das nove do carinha com cara de: Olhe, com o quê fui romper com o sonho? Mãe? E quem mais seria o primeiro a rir das flatulências e intimidades de família? Rompo com o grito de cangaceira e daqueles que me acompanham. Já andaram perguntando sobre as cores do chaveiro. Papai ainda está dormindo com números e Malba anda contando detalhes do meu irmão: três nós se contam três ovelhas e o pi da circunferência do sonho que se formou na minha nuca, ou nunca me viram despida; Confesso hoje que sou mulher, fêmea insofismável, com quantos orifícios Caê puder contar, quantas notícias puderem me render daqueles malditos que formaram o meu caráter. Envogue qualquer gênio e depois lavo a louça para ganhar a minha cara que me custa nem tanto assim.

à título da ressaca


é o espaço de quem não se perde nenhum bumbo que canta clara que canta claudia que canta Elis que canta tom que canta o homem do cabide que canta a boemia para o mundo que não disse a quem veio que não quer sair e não tem ponto para terminar e sai da cana que não prende o preto que são todos de corpos que se salvam de todos o jaz num canto da mesa em que se comenta qualquer fofoca do preto cor de pele cor de máxima do outro que chegou de surpresa e que não se diz nada para censurar;

Headneck,

Waking up for anything
Let's see, Let's see
What the world has brought to me


So I keep with mornings and break fasts.
Once upon I time some friend should had told me 
that the world could not be same
What romantic suprise!
The ashes and the toungue in rise
with the sun, 




She has been the queen
pd the the black seed
who else I choose to steal?

18 de abr. de 2012

Bilhete para a banda mais bonita,

que continuem contando as fadas que sejam assim, quem copia é quem ama quem quer é quem pede, pedi essa última para expedito.




Enquanto numa pentiadeira pode caber o que se chama de peito, de tudo, de três vezes santo que acha tudo, mas peço, cantem meus amores, porque o canto ainda ainda é o mais bonito de todos. Compartilho cada pedido, cada oração que pode me trazer todos meus amigos de volta, e voltem que aqui na minha casa ainda tem café e num canto uma conversa sobre Pedro e João; Dadaísmo de qualquer um que aguenta por mil vezes ouvir o mesmo pedido. Tragam-me Guilherme e Lucas, Marcelo e mamãe. Na minha casa cabe a repetição do que pede, e pede até o que vocês precisarem gritar. Peito é complexo, peito e peixe defumado para sashê de fim de armário. Enquanto cantarem eu repito, sete, oito e nove vezes para dar sorte. Tragam-me de volta tanto amor: 


O uivo '00

com comentário de percival, el camino siempre nos mostra o que estamos ouvindo

digo para calixto

Rock is never dead e volto para a cena que vou dizer como todos que foram disseram o seguinte, feito prece:


A carta continuaria.

17 de abr. de 2012

Ao rei Jardim de B,

Mais um segundo e Lana virá 
pelo torrent e 
será o que ouvirei pela noite

It's for you. It's all for you. American's chappter

Cortina de Fumaça

Todo cigarro acaba, lembro-me de algo de Camus que Eddie me lera há alguns anos, dizia que dos últimos três cigarros a da falta completa de dinheiro para conseguir outro. Quem nunca juntou bitucas de um ponto-de-ônibus, condução de apressados do emprego que ainda não peguei no letreiro do comboio. Maria limpa a geladeira agora, dizem que o gelo é bom para disfarçar o sumo da carne que tivemos o privilégio de desfrutar dentre os dedos. Todos estão ocupados, todos trabalham e olho pesarosa para o hollywood e sua tarja contra câncer. Dei-me a ser macumbeira, marqueteira e me divertir com algo que li dizendo que a cada cigarro que fumamos nos tira sete minutos de vida. Olho para o anel que o Vinícius me deu em Belo Horizonte, quando chegou pedindo casa para seu brother e eu querendo ser qualquer coisa. Foi a pinga, foi aquele copo que me trouxe pra cá e me pediu mais.
                

Chord

vermelho é a nota que me mandaram para acalmar qualquer falta que falte
falsete, cacetada, mão no piano,



e ainda me perco nas cordas do
cabelo que me esqueci de
deixar para
           
                                                     Afinar.

16 de abr. de 2012

Feira

Pela segunda colemos
três motivos para começar a querer ouvir notícias da Datena: GTA sem controle
impossível é continuar o rock hashed

pela manhã acordamos com as notícias: breaking news:




Querido Frei Betto, o Elefante continua na minha casa. Dai-me espaço!




15 de abr. de 2012

Sunday Morning

à Lucas Schiavo


mal eles sabem dos silêncios de casas e dos carros que se buscam à noite, quando esperamos que o único silêncio fosse do cigarro preparado pro último trago que me não. Mas tem Fausto e as aventuras bem acentuadas de tragadas madrugada à fora. E será que lucas passou no concurso? E será que amanhã o sol estará como o sol de Lennon, só o sono me dirá, forte como o partido, hollywood vermelho à esquerda. Nenhum poema ao meu lado.



Afora teu nome, meu amigo.

free beer,




o que se faz para sair de qualquer notícia. diz-se que está em belo horizonte, mas estou em casa até agora. enfrentar qual carro para mais uma vez ler o bilhete na porta. Esse.

14 de abr. de 2012

Café à moda,

Assim quando qualquer mi me salvar
de qualquer saudade
me saldar de qualquer idade que
fui logicamente interrompida de ter.



13 de abr. de 2012

Nunes,

Formalizando o que eu havia dito: ele escreveu um poema em spray que dizia que o cabelo dela era mais forte que o sol, como Beatles nos fones dos ouvidos dele, sempre.

You're a part-time lover and a full-time friend
The monkey on your back is the latest trend
I don't see what anyone can see in anyone else 
But you
Read more at

Parte do diária de Keroac. SA Citè.

Pastilhas de FSA,


Um dia estávamos todos esperando o grande pastel, Eddie pedia dinheiros no caixa e eu pensava em Saramago quando sentimos cheiro de gás, que já estava fora de qualquer espécie de recipiente fechado para lá de cá. Todos tossiram, menos eu, menos a doida com o nariz entupido de gordura de Santo André Citè. Esperava meu pastel, gordo, assim, travesseiro daquela que não se formou como deveria ter pago exatos R$ 2 conto.

Todos saíram com medo da explosão, mas fiquei.

Com fome, obviamente.

12 de abr. de 2012

Currículo Vitae,

"A gentleman is one who never hurts anyone's feelings unintentionally."Oscar Wilde

nem o silêncio me diria qualquer quantia para que eu pudesse continuar a sonhar com àquelas colinas. Nada me falaria de M., L., e todos eles. Nada me foi cobrado para um sorriso, que dou em cada esquina, nem mesmo esse silêncio que me apavora.
Telefone mudo e me mudo para qualquer lugar desse século.

11 de abr. de 2012

Capítulo IV

o filme acaba. ela muda de canal. a TV continua. cartão bloqueado, cuidado com as palabras na lógica do mercado. Ele ainda não termina o serviço.
A cabeça coça. Hora de terminar o texto? Cigarro de palha entre os dedos, o ventilador, as lamúrias em outro idioma. Não é preciso anexar o que já foi.

7 de abr. de 2012

Sobre O que penso

Pai, é aquele que deixa qualquer posto para satisfazer o filho que pode ser o que ele quer, ou seja, qualquer coisa que faça perguntas ou poemas. Publicar? Pra quê homem, se a inteligência está na cabeça, continuemos assim, ou então eu não diria o nome completo daquela que me completa. Ponha-me um chip na cabeça e continuo a pensar assim, como Ele. Pai é aquele que sustenta que apresenta os filhos da maneira que pode e ensina e como!

4 de abr. de 2012

Um recado para Lucas

para se respirar em qualquer atmosfera basta um pouco da tua saudade. agora ainda não é a parte que eu choro, mas realmente eu te concordo


Muita pressão de quem me respira. E repita meu amigo, estou bem contigo, somente pois escrevo como me ler e até a música continuar contuanuaret sendo sua melhor amiga. ou o que você seja, tempos para pensar na música certa:

http://www.youtube.com/watch?v=8HZU6OpW5rA&feature=g-vrec&context=G272b884RVAAAAAAAAAA

Nos esbarramos no parque que voce conhece.

3 de abr. de 2012

Poema para Vj's

para a melhor música se escreve o melhor sorriso. qual? da melhor música que se conheça como quem não tem vontade de chorar ou aprende a mexer na melhor máquina de todos os tempos. Mãe, sei mexer em panelas? Eu não choro fácil, não eu não choro assim, não estou nem ouvido o que eu não quero ouvir. Apenas concentrada no lance que não se desvencilha de nada, ora umbigo inseparável.

30 de mar. de 2012

Pedro,

Prezadíssimo, estou aqui ainda. Mas os macacos continuam querendo beber, sacumé; Mas realmente cacofonia é verdade, bateu?

29 de mar. de 2012

Uma Carta para Luíza

falta de controle é o que não conseguimos escrever de olhos fechados. inteligência? Como diria a letra mais lírica que pude ouvir. Sempre o melhor e eles te levam para outro level, qual que eu não lembro e não revelo: Ah sou! Mais um vez e então: O melhor, o melhor, o melhor para o mundo inteiro.


Tente mais uma vez, mais uma vez e serei mais uma vez qualquer filme. Mas lembre-se das coisas que a família consegue fazer. A nota mais alta para as meninas e para nós: Cheers!

28 de mar. de 2012

quando nao se diz, o que não queremos dizer ou
a lingua fala qualquer uma dela, mas o que a cadeira,
eletricidade e,
vírgulas e arrepios. Violinos ///

3 vezes mais, ou 6 cordas para um gênio da música,
diz qualquer som.

Continua


silêncio e mais uma canção para o coração continuar,
batendo. E o que a música não faria o que é perfeito,
mas continua batendo e usando qualquer
voa, pois não sou deus nem nunca fui.

Feita de víceras e bate, bate como bateria.


Silêncio,

Melhor à noite.

Prezada,

http://www.youtube.com/v/pP5ENbsUs2Q&fs=1&source=uds&autoplay=1

riqueza,

qualquer merda como diria qualquer um.

26 de mar. de 2012

24 de mar. de 2012

Sliptted,

na concentração da pqp, ouve-se qualquer nome. que deixe qualquer um cheio de qualquer coisa que não o que dizer, mas acontece que a piada já foi contada por alguém. Chato, né? Fica quieta e ela não morde nem um pouco. Não há religião a não ser dentro da cabeça que você não estoura nunca, nem com pedra, nem com ela, nem com que? Simples pergunta, mantenha todo mundo rindo. E o silêncio incomoda a atmosphere, ou qualquer coisa que fale de qualquer um. Vomite para se sentir melhor, isso resolve qualquer tipo de dor, pois então a adrenalina continua lá, onde? sei lá no que estou pensando, felipe já pensou em alguma melhor? Não sei, ainda não fui lá perguntar. Mas, contem aí, estou interessada em qualquer coisa que não fale de mim.

22 de mar. de 2012

bons dias, como diria

o sempre imortal Machado, que me salve
dele a imoral piada e se rir
sem nada

a perder, mas
isso é coisa de quem vive em prosa, ou seja, assim.