20 de ago. de 2008

soneca.

Já passei a detestar o som do teu alarme, já decorei todas as nuanças monofônicas do fim do teu sossego e a luz que escapa da sua persiana revela o que já tateio sem hesitações. E finjo a respiração pesada para o sobressalto matinal: já aguardava esse alívio três minutos antes da primeira chamada. Já pressenti as formas das primeiras obrigações antes mesmo de interromper sonhos presos às têmporas frias e nelas que aguardo a continuidade do sossego insuflado. Aperte, então, o atraso consentido para recomeçarmos sempre com um bom dia.

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