24 de out. de 2009

Menarca

eu não sei quando poderia
menstruar essa fêmea ovulante,
acentuar à papila evidente
o gosto saliente do brilho
delinear um cílio manchado
não de lágrima, mas de chamar
e receber o outro chamado
eu diria isso tudo em sigilo
nos lábios prontos a admitir
os sibilos do batom rubro
naquela tintura renunciada
àquela mulher que há pouco vi
dentre a declaração borrada
no teu espelho hoje de manhã.

Um comentário:

Luis Gustavo Brito Dias disse...

- muito bom, thais. ótimo poema.