é que essa onda vem de novo
me falando em português
que do outro lado
há de talvez
seguir a linha do abismo
tom grave da minha
voz e agora
a sós eu procuro
e me desnudo no rabisco
que vai até a barragem
do seu riso
que diz
bobagem boa
enquanto a embriaguez
assim
nos levaria
à linha
da tua voz que
me chama do outro lado
de parede
mas me resguardo
da fome e da sede
de tabuadas inexatas
que me apontam o lado
das horas descompensadas
acerto o meu relógio
para no acaso
ser o que pode
permanecer no fim
Te vejo a um passo
Do mais sofrego atraso
E ainda assim
Te aguardo fora de mim
Nenhum comentário:
Postar um comentário