14 de jan. de 2015

Carta de Belo Horizonte

Na cidade onde vivo há tempo pra falar de nada, há tempo de reverter o silêncio, há tempo de tomar mais uma pois não há metrô e tudo se perde em carona, dormidas e banho acolhedores, em clichês no meio de tudo e um sorriso que é possível prosseguir com o que se fala. Nem sempre é preciso ser rápido, mas não se prolongue demais que cansa mais o que só. Ainda podemos dizer que escrevemos poemas ou qualquer coisa porque em mais de três cafés é possível saber que seu interlocutor também tem um blog que ninguém lê e rir tanto disso sem se tornar uma poliana decapitada com um sorriso duro. Há nomes de ruas e nomes de pessoas, mas respeito as coincidências, pois na cidade onde vivo ainda há tempo de repetir o isqueiro deixado em cima da mesa e ler isso falando com me chamo aqui. Se quiser que fique mais bonito, ande por onde andei, o nome da cidade é o que não preciso ser literal, apenas ingênuamente contínuo.

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