Que a mão que estende
Se falo é o que me conforta
Teus dedos entrelaçados
Às todas as cores
Das manhãs
Que procura o toque
Que dá sentido
Ao estrondo recolhido
Vivo hoje para reparar
As arestas dos prédios
Ao entrelaçar
Os cabelos na esquina
E dizer que me ama
Afora o medo das raízes
Ressucita o meu encontro
E reafirma o toque
Os papéis perdidos no apartamento
Se o tormento
Do que me deixa
Reconhece e afirma
Continua sabendo
As falhas dos meus passos
Olho para você
Deixo as filas do acaso
Me dá a direção
Entre metafísicas
Na fila do mercado
Vou escolher
Deitar
E terminar esse cigarro
Talvez me case
Talvez retenha
Talvez me cale
Talvez desista
Desse verso para estar
Ao seu lado