Ainda não descobri nenhuma palavra que se possa entender, mas te perguntaria sobre seus afazeres se soubesse onde me enfiei: naquela calçada pela manhã, quando o orvalho cobria seus medos e escrevia no vidro do teu carro o quanto sinto a sua falta. Mas agora já me recolhi e certamente os discursos pelos bares da augusta me fariam pouco sentido nesta altura. O telefone, antes do corte mensal, só encontraria a casa quieta e a porta fechada. Na pia, filtros de café revalariam alguma tentativa de esperar mais dez minutos antes das cortinas se fecharem. E eu não reconheço uma vida que ninguém mais fala a respeito. E o que resta, por hora, é essa estrutura parada na frente dos cães bravos. E continuo andando pra dentro do meu quarto.
Um comentário:
bacana também, beijo, calixto
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