19 de fev. de 2014

poema prostrado

vou assoprar aquele zumbido da
curva dos teu brincos 
pra dizer uma rima ruim do
gosto de tarde que reclama
classificando panfletos
de poemas da classe média B
pra vender pela bahia daqui
a disritmia das tuas noites
que é pra evitar
a sessão de zines
forjadas no risco
de desaparecer
dentre a arquitetura
parada em sombras
e que nem sabe de quem
disseminar teus segredos sem senhas
quatro gotas de conselhos ditados
balanceando ideias riscadas das listras dos
dedos que come nas tardes postadas
de nada

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