20 de mai. de 2009

Quatro diriam,

(mas uma está atrasada e a outra parece que não vem mesmo).


Aquela foto tão bacana que tiramos na augusta de 10 megapixels com retoques do photoshop e direito a bordinha fake polaroid foi pro saco quando inventei de limpar as cartas antigas de amor em formato word 98. Sabe-se lá porque ela tava ali no meio.
Sorry, baby, nosso estandarte da tropicália capricorniana não terá manchas de desgastes. Se bem que não usávamos chapéus engraçados nem colares havaianos e, no mais, o modo sépia também não convencia muito. Volta tudo: às 18:00 nos encontramos, embora sabemos tão bem que para chegar a consolação, provalmente, só depois do rush.
Ela disse que só iria chegar depois das dez. Ainda tem tempo de mais um torpedo enquanto ele aguarda na fila do banheiro. Quando voltar já terá uma garrafa nos esperando com conversas de encontros e outros. O tópico tão aguardado:

_ Ah, então, era basicamente isso, entende?
_ Sei, sei.

Fim.

Mas eu ia dizer alguma coisa. Diz. Eu acho que você já disse. Mas o que era? Era isso de ser o que a gente é. O que que tem? Não sei, acho que é isso mesmo o que você disse. Mas qual parte exatamente? Todas elas. Mas eu não disse tudo também. Então fala. Mas eu também não sei o que seria exatamente tudo. Estamos aqui há 1 hora e meia. Pois é, há tempo. Há tempo? Há. Há tempo pra quê? Há tempo para falarmos tudo. Para falarmos tudo até quando? Ai, até quando der. Mas e depois? Depois a gente vai embora. E se não falarmos tudo? A gente vai embora sem falar mesmo. Aí depois podemos marcar pra outro dia esse lance de falarmos tudo. Combinado! Consolação depois das 18:00? Fechou.
Acho que ela não vem mais. É, acho que não.

(Post originalmente publicado no blog 'Todos Dizem Eu Te Amo" em parceria daqueles que também não foram).

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