13 de mai. de 2009

provas.

Sabe, foi um desespero quando te vi. Jogava isqueiros nos cinzeiros, acendia bitucas no fogão. Esquecia de passar na padaria e comia as raspas da geladeira. Eu te disse que foi uma danação toda. Pressenti um dia, acho que há três anos, durante uma terça-feira em que voltava do serviço, que você seria exatamente assim. Te encontrei há três semanas e foi daí que tive certeza quando um fusca azul passou na avenida, é que tinha pensado assim, quase como simpatia: "se um gol prata for o próximo carro a passar, é porque o amor é confirmado". E se confirmou! Agora tenho certeza. Você é o amor que previ no engarrafamento da Rebouças, é que fiz um pacto assim: "Se eu conseguir prender a respiração da Oscar Freire até a Faria Lima é porque o amor vai acontecer", então quando buscava ar na Henrique Schaumann eu soube que era você. E não poderia estar mais certa.
Agora as chaves estão na mão, aquelas que abrem qualquer porta.

2 comentários:

Luisa disse...

gosto das tuas palavras;
eu ando trabalhando tanto, lendo tanto, dormindo menos,
que aí acho que a minha inspiração anda fraquinha.
-adoro te ler
hihihi

beijoooo

Fabiana Farias disse...

Sua escrita é fluxo de pensamento. Mesmo assim, mesmo cortada é linda. Adorei este texto também! Parabéns!