2 de mai. de 2012

Móveis intermitentes

em  toda casa há um quê de saída
e ele te pergunta porque se separa da vida,
como quem bate, e se separa de tudo

e ele se lembra de tudo, da mãe à beira do limiar das paredes trancadas
e ele se lembra dele,
da casa que não pôde voltar

porque sabe que voltar é ir de volta avante ao mesmo lugar



é chamar
e ela ali, à beira da tábua de passar
ele passa, ela passa

a casa contínua com os mesmos ruídos e odores

ele já não volta mais para as paredes maiores que as palmas de suas mãos quando metida à tijolos
se eram vão o esquecer do crescimento de todos os ossos.

ele já se estica, como que abraçasse aquele recinto de mesmos tempos que em seu
estômago deixara.

casa é o que fica nele. e ficou para trás.


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