7 de mai. de 2012

Resoluções temporais


ser solta que se solta da densidão. e ela me diz que algo pode ser como o tempo como sempre tem sido, lista de compras, relações de canais por ordem alfabética, lírios ao canto da garagem e um pouco de tempo. tudo se resolve, tudo tem sido assim por cada coletivo que pego, uma folha que se solta do galho que balança a árvore o som das folhagens e memórias. Eu queria dizer que me lembro de tudo, absolutamente tudo e que de todo esses sons diversos que tenho prendido na minha garganta era riso preso com grito em suas mais tênues variantes. Dessa vez as coisas irão ser diferentes, ela me disse com seu pragmatismo mágico:




Mais uma lista que insista na rotina do que pode dar sorte e penso que pode realmente
dar mais certo do que errado, somente essa vez que não sei por onde posso andar

Lembro-me, eu disse que lembro-me, e que não me atrevo a ser quem sou sem antes lembrar de cada inicial dos nomes que levo e vejo nos letreiros dos coletivos tão azuis,

Um pânico qualquer e eu não me esqueço do que vem a seguir.

A contas a serem pagas, menos um drama
tudo que não me chama
tudo que não pode ser jogado  pra debaixo da cama

L. de longe na Europa me mandou lembranças, L. do outro Estado me mostrou uma vida além de qualquer coisa. Qual som dessa cidade? Qual a uníssona melodia que me traga a Letra M, que fique e se desfaça num átimo das reverberações de um piano de canto

Esqueço que um dia falei de pássaros e do norte eles voaram para cá,

Mas por favor não se esqueça que o que não aconteceu ainda não veio por agora
Não se perturbe  com a pressa da eleita vida que nos veio há trinta segundos e duas canções

Mais um drama que não vai render
Mas saberíamos que é sempre estar de pé pelas manhãs
e das vidas que ainda não vivemos, por hoje, por agora

e lembre-se do que ainda não veio e que virá por de repente, nesse átimo de agora.

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