5 de mai. de 2012
ruas tuas
quantas calçadas seriam necessárias contar para
assim, em passos e conversas se conhece e se deixa
estar, estar por estar, presente em cada ladrilho cada
um que se diz por novas vidas e novos dias dará
na próxima avenida, para no recomeço de rua
da ponta dos dedos já se saber o numa
próxima e inesperada palavra se diga
gargalhada solta,
solta-se da vida para ver outras vias
outros caminhos que se permitem
invadir apartamentos e os segredos
mais óbvios de que é e pode ser bom deixar
todos serem o que são
mas e o toque deixa para hoje
que se permitam abraços e rodopios
na avenida mais importante daquele outra
direção que me tomou pelas pontas dos dedos
e não me para trás
dá-me um pouco mais das sarjetas carnavalescas
dá-me um pouco mais disso que eu não quero e nem atrevo a desviar
e convergir para fora de mim
dá-me agora o que começamos a ser
e do meu corpo quieto o são
da minha cabeça
que não me atiro
na contramão.
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2 comentários:
putz, sem maiores palavras ou divagações minhas preciso te pedir que escreva um livro para desbancar tantos profetas da poesia que não possuem arte noutros peitos.
Eliéser, obrigada pela leitura e atenção. Quem me dera poder desbancar tanta poesia que há por aí. Abraços!
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