23 de mar. de 2017

No meio da rua.

É um sopro no peito
Toda vez que
te vejo
ir

(o sinal há de abrir)

É a sombra dos sujeitos
silhuetas contornos
os passos a
te pedir

(o sinal há de abrir)

É a imagem do espelho
a linha do rosto
o passo torpe
a conduzir

(o sinal abriu)

O tombo

_ Amigo vem aqui,
não sei onde me volto
que não sei por onde
te perdi

_ Amigo eu caí,
não sei onde que encontros
a estrutura do escombros
daqui

_ Amigo eu abri,
a carne e os encontro
a criatura e seus
pontos frágeis
pra mim

(o sinal vai abrir)

Fica o passo além do 
joelho
Fica o toque e tua
língua
que já não mais
entendo
Fica esse corpo
perdido
No asfalto
Casa, toalhas
e o assoalho
Fica chão, o gosto
que não te ata

(O sinal abriu)

Passa lá pra me ver
Concluir o que sobrou
de você
Ver na feição
o espelho fraco
o borrão

Passa lá pra te ser
Subjulgar minhas dores
dizer que não foi nada
pendurar o resto desta
morada

Passa lá que eu te espero
Passa lá que ainda falo
Passa lá que ainda quero
Passa lá que eu paro

Ouça

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