É um sopro no peito
Toda vez que
te vejo
ir
(o sinal há de abrir)
É a sombra dos sujeitos
silhuetas contornos
os passos a
te pedir
(o sinal há de abrir)
É a imagem do espelho
a linha do rosto
o passo torpe
a conduzir
(o sinal abriu)
O tombo
_ Amigo vem aqui,
não sei onde me volto
que não sei por onde
te perdi
_ Amigo eu caí,
não sei onde que encontros
a estrutura do escombros
daqui
_ Amigo eu abri,
a carne e os encontro
a criatura e seus
pontos frágeis
pra mim
(o sinal vai abrir)
Fica o passo além do
joelho
Fica o toque e tua
língua
que já não mais
entendo
Fica esse corpo
perdido
No asfalto
Casa, toalhas
e o assoalho
Fica chão, o gosto
que não te ata
(O sinal abriu)
Passa lá pra me ver
Concluir o que sobrou
de você
Ver na feição
o espelho fraco
o borrão
Passa lá pra te ser
Subjulgar minhas dores
dizer que não foi nada
pendurar o resto desta
morada
Passa lá que eu te espero
Passa lá que ainda falo
Passa lá que ainda quero
Passa lá que eu paro
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