Hoje vi uma amiga muito querida se formar, pensei que poderia ter a "very fine nature" que Oscar menciona, mas não, não tenho a very fine nature quando vejo que uma universidade não consegue se organizar para entender: eu perdi a minha família e sou obrigada a me entender sempre.
Fui jubilidade, embora tenha provas que isso nunca aconteceu.
Não cordeais, dão assistência, mas não sabem o que é um aluno perder um irmão e uma mãe em menos de cinco anos.
Escrevo pelo simples fato de fazer Letras e não aguentar essa máquina desumana da educação. Muitos me falariam que apenas ocupo espaço, muitos me falam muitas coisas, mas não sabem que um diploma é lágrima e orgulho de pai e mão.
Hoje só conto com um pai e preciso enfrentar dossiês, preciso ver meus melhores amigos se formando e, ainda, receber o e-mail dizendo que eu "poderia ir pros EUA no Inglês sem fronteiras" sendo, que, um dia antes recebi uma carta confusa de jubilamento mesmo tendo o meu recurso deferido pela própria instituição.
Que tipo de sanidade mental querem que eu tenha? Que tipo de língua ou poema querem que eu escreva?
Estou morta naqueles registros e ainda me convidam pros EUA sem eu poder pagar a passagem, entendem? AONDE está o DCE, panelinha escrota, aonde está o meu direito legitimamente conquistado?
Estou em São Paulo e choro muito, mas, quem, eu digo quem, oferece o lenço sem usar ABNT?
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