27 de abr. de 2012

Bruxismo

pela biologia a memória deve vir da nuca, 
memória vem que nunca pode tocar
disse mais uma vez a ele: rede e sorrisos

Sim, ele sabe que partíamos de quartos fechados
como jamais poderíamos supor
que a felicidade fosse algo tão estático
como ríamos ao imaginar Dalsim rodopiando na cama

que partilháva-mos, mas a memória pode ser daquela
que não existe
que coopera com que se inventa

cria-se teu sorriso oriçado nos pelos do meu braço
pois o que realmente queríamos era correr por jardins
saltar nas costas dos outros e sair feito besta

besteira que nunca poderíamos supor
nesse sonho, como eu cosesse sonhos
por botões de vontades um outro sonho
de te ver outra vez