Como não pensar numa caneca de café, melada de digitais num dia frio e não pensar na vida e Devendra que toca. Os sons metálicos da obra ao lado em São Paulo e aquele azul de Belo Horizonte, pela vista que não me canso de dizer e fazer mais referência às cores da mais pura criação. Lá onde eu morava tudo era perto e íngreme, como desafio natural de diz: se quiser chegar chega, sô.
Só não me chego à asfaltos e a curva que não me leva a todos eles, dizem que são 500 Km, diria 5 palmos de cada dedo de cada mão. Como, meus caros, deixar aquela cidade sem despontar nas unhas a falha incômoda de quem poderia ter ficado, mas voltou bravamente.
Não quero a cidade do futuro, eu quero a cidade presente, aquela que me reconhece, aquela que não deixo na boca de moíses que me grita das ruas planejadas.
Falo da cidade do futuro: Falo daqui, falo de sonsos sonhos, falo de sentidos. Se Brás Cubas venceu o mar e suas amarguras, posso nas cores deformadas de São Paulo aguentar mais um dígito de celular.
A gente guarda de cabeça e as coisas ficam, permanecem
Em São Paulo o dinamismo se vence por casas fechadas. Em atmosferas próprias, no quê da sublime cortina que enquadra a cena de mulheres sozinhas e homens solitários, corta para a outra notícia:
Outro dia a gente se vê, sai de são paulo e vai pro exterior
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