26 de abr. de 2012

como se chama

a chuva que um dia há de vir e molhar o que tento e disso que tanto diz?

lê-me assim, como quem se fuma o último cigarro e não consegue mais enxergar a dimensão
da marca de marqueteiro

tudo o que vemos é um ar meio afetado da cinza de Janaína
que na cidade mais cosmopolita ousou acender ao lado de Luiz
o seu cigarro de diabo: diziam que iria ver meninas pela rua
aquela das puras expulsas

tranquilamente ela queria andar hashed com a atmosfera que não se fez sentido
o mesmo drama, mas a se pensar no íncomodo de misturas de expectativas
fez o que qualquer diva faria
tragou o seu cigarro Souza Cruz e de uma maneira bem sucinta
pegou os fones: o biquini, o rio, o sol, a areia da Clara

Chama agora tambores fantásticos, deixa;




Que qualquer um fale-a, mas Luiz nem sabia da menina, que não sabia de Bárbara, que não sabia de Carlos, pelo submundo de Al Berto que numa Jaula de Neon sempre diz:

"aqui está a paixão de quem atravessa a noite
do mundo... espiando o deserto da cidade
numa carruagem de metropolitano... sabes
perdi o rastro do pai e da mãe durmo onde calha
mas isso não vemos na fotografia"

E ainda Janaína se esquece de acertar o buraco de lobo, como louca andando pela capital paulista. Esse é o novo modo de não se encontrar ninguém, mas para sua surpresa: Luiz desce pela consolação e hoje seu expediente.

Basta! Deixe Janaína virar pela Bela Cintra, deixemo-a assim, a encontrar Maria Eduarda que com alegria disse: Snooker! Ela acertou três bolas e não pensou nas suas palavras. Ela está ali agora e Luiz chegou em casa com cheiro de rosas.

Pela Paulista alguns amigos ainda se encontram e todos vivem 


Como posso deixá-los?

Claudia está no Morumbi repetindo fórmulas de bailarina.

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