lê-me assim, como quem se fuma o último cigarro e não consegue mais enxergar a dimensão
da marca de marqueteiro
tudo o que vemos é um ar meio afetado da cinza de Janaína
que na cidade mais cosmopolita ousou acender ao lado de Luiz
o seu cigarro de diabo: diziam que iria ver meninas pela rua
aquela das puras expulsas
tranquilamente ela queria andar hashed com a atmosfera que não se fez sentido
o mesmo drama, mas a se pensar no íncomodo de misturas de expectativas
fez o que qualquer diva faria
tragou o seu cigarro Souza Cruz e de uma maneira bem sucinta
pegou os fones: o biquini, o rio, o sol, a areia da Clara
Chama agora tambores fantásticos, deixa;
Que qualquer um fale-a, mas Luiz nem sabia da menina, que não sabia de Bárbara, que não sabia de Carlos, pelo submundo de Al Berto que numa Jaula de Neon sempre diz:
"aqui está a paixão de quem atravessa a noitedo mundo... espiando o deserto da cidadenuma carruagem de metropolitano... sabesperdi o rastro do pai e da mãe durmo onde calhamas isso não vemos na fotografia"
E ainda Janaína se esquece de acertar o buraco de lobo, como louca andando pela capital paulista. Esse é o novo modo de não se encontrar ninguém, mas para sua surpresa: Luiz desce pela consolação e hoje seu expediente.
Basta! Deixe Janaína virar pela Bela Cintra, deixemo-a assim, a encontrar Maria Eduarda que com alegria disse: Snooker! Ela acertou três bolas e não pensou nas suas palavras. Ela está ali agora e Luiz chegou em casa com cheiro de rosas.
Pela Paulista alguns amigos ainda se encontram e todos vivem
Como posso deixá-los?
Claudia está no Morumbi repetindo fórmulas de bailarina.
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